domingo, 30 de julho de 2023

"O Aveiro"


José Rabumba, "O Aveiro", nasceu em 22 de fevereiro de 1866, na Rua das Barcas, que hoje tem o seu nome como patrono. A este herói se ficaram a dever vidas de muitas pessoas, salvas em tragédias marítimas, como se lê no "Calendário Histórico de Aveiro", de António Christo e João Gonçalves Gaspar.
Passei hoje pelo monumento, que está limpo e florida no sopé. Um casal jovem, francês, deu a volta ao monumento, numa postura de quem procura qualquer legenda explicativa. E rodou sem ficar esclarecido, conforme pude confirmar. Fiz como o casal e não vislumbrei qualquer nota. Porventura estaria escondida não sei onde, arrancada ou vandalizada. Nada. E é pena. Porque, afinal, José Rabumba, "O Aveiro", foi homenageado, em 1969, por iniciativa do Rotary Club de Aveiro, merecidamente. Julgo que é oportuno assinalar, mesmo com legenda simples e breve, este heróico aveirense.

Nota: Publicado em 30 de Julho de 2013 no Pela Positiva

sábado, 29 de julho de 2023

Ponte de Lima - Poesia na rua


De uma viagem a Ponte de Lima e a outros recanto por ali à volta, guardo gratas lembranças das quais possuo registos fotográficos de fraca qualidade. Era o meu tempo de pouco interesse pela fotografia, tão necessária nos dias de hoje.
De qualquer forma por aqui vai ficar uma com a Lita a ler o poema de António Feijó. Bons tempos.

Ainda sou lembrado

Hoje, quando abri o jornal MIRADOURO que assino e cujo diretor, o Cerveira Pinto, “de banca meu companheiro" na Escola do Magistério Primário do Porto, nunca saiu da minha memória, fui atraído por um título curioso: “Os nossos silenciosos.” E lá estava o meu nome entre outros.
Cerveira Pinto estava preocupado com o silêncio de uns tantos que se “têm mantido um pouco distantes e silenciosos”. Refere então que “talvez a doença os impeça de comunicar” com o jornal.
Telefonei de imediato para provar, com a minha voz e satisfação, que estou vivo e com a lucidez própria dos meus 84 anos de existência neste mundo, que "não é um vale de lágrimas”, mas uma glória ao Criador.
Recuando umas seis décadas, o  Cerveira Pinto foi meu colega de banca, expressão sua, durante o curso no Magistério do Porto. Obtido o diploma, cada um rumou às suas origens familiares. E nunca mais nos encontrámos. Nunca mais contactei com os demais colegas. Apenas um ou outro telefonema; um ou outro e.mail. Hoje, o seu jornal MIRADOURO despertou-me para o contacto que se impunha. E aqui vai uma saudação para o Cerveira  Pinto e para os amigos de curso e de profissão.

Fernando Martins

terça-feira, 25 de julho de 2023

Piqueniques - Boas recordações que não quero perder

Eu e a Lita com as tias Zulmira, de óculos, e Aidinha

Sem muito sol e com aragem a propor abrigo, não faltaram hoje no parque que habitualmente atravesso famílias em piqueniques. O aconchego do arvoredo e as mantas estendidas convidaram quem estava, e muitos eram, a saborear os farnéis que de longe vislumbrei. E pela forma como eram degustados, sem pressas e sem complexos, posso garantir que estavam apetitosos. Depois, seguiu-se a soneca dos mais pesados e a bola dos mais miúdos. Tanto bastou para eu recuar uns bons 40 anos, quando, com a família, bem unida e concordante, fazia o mesmo, quer na mata da Torreira e S. Jacinto, quer entre a Costa Nova e a Vagueira. Não era pela poupança, embora não fosse despiciendo pôr de lado essa vertente. Bons tempos.

quinta-feira, 20 de julho de 2023

GAFANHA DA NAZARÉ - Para a história do Mercado



Pela década de 50 do século passado, os nossos pais e avós começaram a vender os seus produtos aos domingos de manhã, na atual Avenida José Estêvão, frente à igreja matriz. De um lado e doutro da rua alinhavam-se os vendedores. 
Depois das missas, os compradores enchiam o espaço. No Verão, sobretudo, tudo se complicava, com a intensificação do trânsito rumo às praias da Barra e da Costa Nova. Havia que deslocar o mercado para outro sítio. O escolhido e mais à mão foi o espaço em frente ao cemitério.
Mais amplo e sem movimento automóvel, os vendedores foram-se multiplicando, vindos da região. E dos géneros oferecidos pela terra, depressa surgiram outras mercadorias, desde roupas, calçado, utensílios domésticos até alfaias agrícolas. Os vendedores da “banha da cobra” e de produtos similares e milagrosos aproveitavam novos mercados. Cedo se reconheceu a necessidade de criar um mercado de raiz, com mais condições para compradores e vendedores, mas ainda com mais higiene.

Fernando Martins

quarta-feira, 19 de julho de 2023

Eça de Queirós na Costa Nova



"Eça de Queirós descreveu a Costa Nova, em 1883, como "um dos mais deliciosos pontos do globo". Nas férias costumava frequentar um "excelente chalé", a casa que ainda hoje existe e é conhecida como o palheiro de José Estêvão. Eça elogiava "a brisa, a vaga, a duna, o infinito e a sardinha" da Costa Nova, mas faltava-lhe uma condição suprema para a inspiração: "um quarto isolado com uma mesa de pinho", como referiu numa carta ao seu amigo Oliveira Martins."

Dia de sorte



Por norma, esta coluna ali permanece seca e porventura esquecida, mas, para mim, é de bom gosto. Um dia, há anos, estava a cumprir a sua missão. A água caía oferecendo a quem passava uma frescura que temperava o ar quente do Verão. Foi um dia de sorte.

terça-feira, 18 de julho de 2023

Evocando o Diácono Emanuel Ribau

No dia 18 de julho de 2015, faleceu o diácono permanente Emanuel Ribau Caçoilo. Natural da Gafanha da Nazaré, onde nasceu em 21 de agosto de 1934, completaria brevemente 82 anos. Foi ordenado diácono permanente em 15 de agosto de 1993 e estava acamado há algum tempo. O Emanuel mostrou, desde muito novo, inclinação para o trabalho eclesial. Frequentou o Seminário de Aveiro, pois sentia-se vocacionado para exercer o sacerdócio. Quis Deus que assim não fosse, vindo a casar com Paulina Conde Sarabando. Foi pai de cinco filhos e avô de dez netos.
Na Eucaristia de sufrágio pela sua alma, o nosso bispo, D. António Moiteiro, realçou o sofrimento humano que sentimos pelo falecimento de algum familiar nosso ou amigo, causado pela dor da ausência, apenas compensada pela certeza, «baseada na fé», de sabermos que aquele que parte vai para junto de Deus. «O sentimento da ausência vai ser preenchido pela certeza da fé e do amor de Deus», disse.

segunda-feira, 17 de julho de 2023

Recordando dois amigos


 O Google Fotos trabalha bem. Sabe que, se não o fizer, pode ser ultrapassado por outras redes ligadas ao ciberespaço. Hoje ofereceu-me esta fotografia de dois homens bons  e meus amigos: D. António Francisco e o Padre Georgino Rocha. O primeiro foi Bispo de Aveiro e depois do Porto, onde veio a falecer repentinamente, depois de uma peregrinação ao Santuário de Fátima. O Padre Georgino faleceu há dias, conforme registei no meu blogue Pela Positiva. A ambos devo muito e já estão  na lista das minhas mais agradáveis memórias. O Padre Georgino foi um assíduo colaborador do meu blogue. Semanalmente, remetia-me a sua reflexão à sexta-feira. E só faltava em casos muito raros. Uns dias antes do seu falecimento telefonei-lhe a perguntar a causa da suspensão da crónica semanal. Percebi que estava muito doente e disse-lhe que conversaria com ele em breve. Não chegámos a falar, mas a sua reflexão faz-me falta. Que Deus os tenha no seu regaço maternal.

Fernando Martins

sexta-feira, 7 de julho de 2023

Uma visita ao ZOOmarine


No Algarve, visitei o ZOOmarine há 14 anos. Como o tempo passa, meu Deus. Nessa altura visitei o ZOOmarine e toda a sua riqueza e beleza que os animais proporcionam. Jurei que voltaria, mas  a vida não me bafejou  para poder rever  a natureza com todo o seu esplendor. Agora, já é tarde.
Mas se é tarde pela corrida desenfreada do tempo, a imaginação encarrega-se de me brindar. Hoje, precisamente, “passeei” pelo ZOOmarine, graças aos meus escritos nos meus blogues. Sempre vale a pena registar por escrito o muito bom que vivemos. E se houver fotografias, muito melhor.

Ler mais aqui 

quinta-feira, 6 de julho de 2023

Vi Paris do cimo da Torre Eiffel


Uma das mais saborosas viagens que vivi incluiu uma visita a Paris, em ano que não posso precisar. Participei numa viagens a Estrasburgo, integrando um grupo de jornalistas que assistiu a uma sessão do Parlamento Europeu. Recordo o acolhimento na Câmara local e o movimento no parlamento com o rigor da segurança. Depois, em Paris, deliciei-me com a subida à Torre Eiffel. Um panorama indescritível!
...

"A Torre Eiffel é um monumento localizado em Paris, capital da França. Foi construída entre 1887 e 1889 para a Exposição Universal, que aconteceu na cidade no centenário da Revolução Francesa. À época, a Torre Eiffel representava a modernidade da indústria francesa e a vanguarda das artes. O Seu projeto foi desenvolvido e executado por engenheiros da empresa de Gustave Eiffel."
Eiffel também trabalhou em Portugal. A Ponte Dona Maria Pia foi de sua autoria e responsabilidade.

quarta-feira, 5 de julho de 2023

Recordando o Pe. João Gonçalves


Em Julho de 2009, publiquei no jornal SOLI-DARIEDADE uma reportagem sobre as Florinhas do Vouga, alusiva a uma iniciativa, denominada MERCEARIA & COMPANHIA, que respondeu a carências de 120 famílias  de Aveiro. Na altura, as dificuldades económicas eram notórias. Penso que persistem. O animador era o Pe. João Gon-çalves, meu bom amigo. Evoco-o hoje com saudade. 


A rampa de acesso à zona de distribuição do cabaz “Mercearia & Companhia”, destinado a família carenciadas, já está bem composta. São 14.30 horas, de quarta-feira, dia em que as Florinhas do Vouga abrem as portas do espaço destinado a esta operação, de resposta concreta à crise económica que se tem agudizado nos últimos tempos, atacando de forma intensa os mais fragilizados da vida. Este corrupio começou em Março e não há sinais de que tenha de acabar em breve.

terça-feira, 4 de julho de 2023

Palmeiras vestidas em Aveiro

Neste meu blogue Memórias Soltas
continuarei a evocar trabalhos porventura esquecidos


Até 21 de Dezembro de 2011, os aveirenses e visitantes puderam apreciar, no Rossio, 16 palmeiras seculares vestidas com arte e cor. Trata-se da segunda edição do projecto “Vestir Aveiro”, tendo o primeiro decorrido durante a última primavera, da autoria do estilista CELSUS. A iniciativa foi da Câmara Municipal e envolveu 12 instituições do concelho, ligadas ao sector da terceira idade. As palmeiras ladeiam uma parte do canal central, sendo todas de grande porte. A ideia visa, no fundo, promover e valorizar elementos patrimoniais naturais, oferecendo a quem passa a continuação de uma primavera colorida e não um Outono cinzento.

Ler todo o texto aqui 

Barquinho tranquilo

 
Sempre gostei de apreciar a tranquilidade deste barquinho a entrar na Ria de Aveiro de águas mansas. Deslizava suavemente sem nada o preocupar. Nem motor se ouvia. Dava a ideia de navegar ao sabor da maré. Também não havia vento, nem ondulação, nem outras embarcações que o incomodassem. Na altura estava eu apenas com o azul do mar que refletia o azul celeste.

segunda-feira, 3 de julho de 2023

Marina da Figueira da Foz




Quando  passei pela Marina da Figueira da Foz, há anos, estava um  sol abrasador. Não bebi um refresco mas tomei  um café  na esplanada. Passei os olhos  pelo jornal, tirei a foto da praxe e o cheiro a maresia  invadiu-me por todos os lados. Foi agradável, a começar pelo café. Saboroso, cremoso e quente, como nem sempre acontece.
Há estabelecimentos que nos impingem café de péssima qualidade. Autêntica água de cebolas, sem creme, sem sabor, sem nada. Levam-nos o dinheiro e nós, estupidamente, ficamos calados. Saímos a remoer protestos, mas não agimos em conformidade. A solução, para mim, é virar as costas a esses traidores da arte de bem servir bom café.
Mas hoje não foi assim, felizmente.
Olhei então os barcos, iates e quejandos. Com a ponte à vista, usufruindo a serenidade de quem aspira a sentir a paz interior, em dias de sol… Outros ali estavam num ambiente que me é familiar. Além dos bares, que marítimos e outros gostam de apreciar, vi lojas de apetrechos para pescadores, barcos em reparação e em fase de limpeza para voltarem a sulcar o mar, turistas que vão às compras, que o mercado da Figueira está bem perto, gente que passa no cumprimento das caminhadas higiénicas, tão importantes. 
Um ou outro olha fixamente o horizonte. E eu ali a ver tudo e a pensar que, na minha Gafanha da Nazaré, onde tenho os mesmos ambientes e rostos semelhantes de quem gosta de estar com água à vista.

Vou retomar as Memórias Soltas

Farol de São Pedro de Moel 

Vou retomar o blogue Memórias Soltas para nele evocar passeios e viagens que fiz ao longo da minha vida. Serão, à partida, textos curtos com ilustrações de sítios e locais por onde passei com a Lita. Talvez acrescente algo ao que já tenho dito. Depois se verá.


Fernando Martins

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TRADUÇÃO

DONO DO BLOGUE

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Fernando Martins

REFLEXOS DA VIDA DE FERNANDO MARTINS

Este meu blogue ficará disponível apenas para consulta

Por razões compreensíveis e próprias da minha idade, este meu blogue vai continuar disponível para consulta, mas não será atualizado. Contin...