Hoje, quando abri o jornal MIRADOURO que assino e cujo diretor, o Cerveira Pinto, “de banca meu companheiro" na Escola do Magistério Primário do Porto, nunca saiu da minha memória, fui atraído por um título curioso: “Os nossos silenciosos.” E lá estava o meu nome entre outros.
Cerveira Pinto estava preocupado com o silêncio de uns tantos que se “têm mantido um pouco distantes e silenciosos”. Refere então que “talvez a doença os impeça de comunicar” com o jornal.
Telefonei de imediato para provar, com a minha voz e satisfação, que estou vivo e com a lucidez própria dos meus 84 anos de existência neste mundo, que "não é um vale de lágrimas”, mas uma glória ao Criador.
Recuando umas seis décadas, o Cerveira Pinto foi meu colega de banca, expressão sua, durante o curso no Magistério do Porto. Obtido o diploma, cada um rumou às suas origens familiares. E nunca mais nos encontrámos. Nunca mais contactei com os demais colegas. Apenas um ou outro telefonema; um ou outro e.mail. Hoje, o seu jornal MIRADOURO despertou-me para o contacto que se impunha. E aqui vai uma saudação para o Cerveira Pinto e para os amigos de curso e de profissão.
Fernando Martins
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