Guarita e salicórnia
Velha Guarita |
Eu sou deste tempo. Do tempo da velha Guarita ali perdida no meio de uma rua estreita, comprida e esburacada, marginal à laguna, que saía do Forte e chegava à Chave, na zona da EPA (Empresa de Pesca de Aveiro). Não sou nostálgico, ao ponto de dizer que tenho saudades desses tempos. Não tenho.
A Guarita, que regista na foto a marca do abandono, assistia à azáfama do povo a apanhar recebolo, com foicinhas, para alimento dos suínos, cuja carne teria um sabor especial. Não confirmo nem desminto.
Há anos encetei uma busca para tentar descobrir que planta seria o tal recebolo. Consultei dicionários, antigos e modernos, “sites” e até associações ligadas à Língua Portuguesa. Por fim, e nem sei como, também alguém da Universidade de Aveiro. Ninguém conhecia o recebolo.
Há anos, numa Feira do Sal, que se realizou em Aveiro, junto ao Mercado Manuel Firmino, entrevistei um proprietário do salgado da Figueira da Foz, que vendia salicórnia. Seria o tal recebolo? Parece-me que sim.
Entrevista: