Recordando o Pe. João Gonçalves


Em Julho de 2009, publiquei no jornal SOLI-DARIEDADE uma reportagem sobre as Florinhas do Vouga, alusiva a uma iniciativa, denominada MERCEARIA & COMPANHIA, que respondeu a carências de 120 famílias  de Aveiro. Na altura, as dificuldades económicas eram notórias. Penso que persistem. O animador era o Pe. João Gon-çalves, meu bom amigo. Evoco-o hoje com saudade. 


A rampa de acesso à zona de distribuição do cabaz “Mercearia & Companhia”, destinado a família carenciadas, já está bem composta. São 14.30 horas, de quarta-feira, dia em que as Florinhas do Vouga abrem as portas do espaço destinado a esta operação, de resposta concreta à crise económica que se tem agudizado nos últimos tempos, atacando de forma intensa os mais fragilizados da vida. Este corrupio começou em Março e não há sinais de que tenha de acabar em breve.

Durante a semana, as técnicas do serviço social da instituição vão analisando os casos e determinam a quantidade e variedade de produtos alimentares a fornecer a cada agregado familiar para um mês. As Florinhas do Vouga ajudam deste modo 120 famílias devidamente recenseadas e outras que, na emergência, não podem ficar com fome.
Tudo isto, garante-nos a directora-geral da instituição, Fátima Mendes, graças à generosidade de empresas e particulares da região e, ainda, do Banco Alimentar Contra a Fome. A título de exemplo, uma empresa de congelados, da Gafanha da Nazaré, oferece, semanalmente, refeições pré-confeccionadas, um lavrador da Vagueira, freguesia da Gafanha da Boa Hora, dá legumes e fruta, e particulares entregam outros géneros alimentícios e dinheiro.
Como sublinha o presidente da direcção das Florinhas do Vouga, com sede em Aveiro, Padre João Gonçalves, “nós, aqui, somos apenas intermediários, entre as pessoas que dão e as pessoas que precisam”.
Segundo Fátima Mendes, a ideia da “Mercearia & Companhia” surge com a crise económica que se instalou no País. No Bairro de Santiago, a instituição tem ao dispor dos mais pobres uma Cozinha Social, com refeições a 1,50 euros para os que podem pagar e gratuitas para os outros, “a maioria”. Serve, em média, por dia, 100 almoços, e ao jantar um pouco menos. Recentemente, por razões que todos adivinham, o número dos que precisam de comer, sem possibilidade de pagar seja o que for, começa a aumentar. Esta situação torna-se incomportável para os serviços da Cozinha, sem capacidade para atender tanta gente. A opção passa a seguir por fornecer às famílias os géneros alimentícios, para confeccionarem as refeições em suas próprias casas.

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