De uma viagem a Ponte de Lima e a outros recanto por ali à volta, guardo gratas lembranças das quais possuo registos fotográficos de fraca qualidade. Era o meu tempo de pouco interesse pela fotografia, tão necessária nos dias de hoje.
De  qualquer forma por aqui vai ficar uma com a Lita a ler o poema de António Feijó. Bons tempos.
sábado, 29 de julho de 2023
Ainda sou lembrado
Hoje, quando abri o jornal MIRADOURO que assino e cujo diretor, o Cerveira Pinto, “de banca meu companheiro" na Escola do Magistério Primário do Porto, nunca saiu da minha memória, fui atraído por um título curioso: “Os nossos silenciosos.” E lá estava o meu nome entre outros.
Cerveira Pinto estava preocupado com o silêncio de uns tantos que se “têm mantido um pouco distantes e silenciosos”. Refere então que “talvez a doença os impeça de comunicar” com o jornal.
Telefonei de imediato para provar, com a minha voz e satisfação, que estou vivo e com a lucidez própria dos meus 84 anos de existência neste mundo, que "não é um vale de lágrimas”, mas uma glória ao Criador.
Recuando umas seis décadas, o  Cerveira Pinto foi meu colega de banca, expressão sua, durante o curso no Magistério do Porto. Obtido o diploma, cada um rumou às suas origens familiares. E nunca mais nos encontrámos. Nunca mais contactei com os demais colegas. Apenas um ou outro telefonema; um ou outro e.mail. Hoje, o seu jornal MIRADOURO despertou-me para o contacto que se impunha. E aqui vai uma saudação para o Cerveira  Pinto e para os amigos de curso e de profissão.
Fernando Martins
terça-feira, 25 de julho de 2023
Piqueniques - Boas recordações que não quero perder
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| Eu e a Lita com as tias Zulmira, de óculos, e Aidinha | 
Sem muito sol e com aragem a propor abrigo, não faltaram hoje no parque que habitualmente atravesso famílias em piqueniques. O aconchego do arvoredo e as mantas estendidas convidaram quem estava, e muitos eram, a saborear os farnéis que de longe vislumbrei. E pela forma como eram degustados, sem pressas e sem complexos, posso garantir que estavam apetitosos. Depois, seguiu-se a soneca dos mais pesados e a bola dos mais miúdos. Tanto bastou para eu recuar uns bons 40 anos, quando, com a família, bem unida e concordante, fazia o mesmo, quer na mata da Torreira e S. Jacinto, quer entre a Costa Nova e a Vagueira. Não era pela poupança, embora não fosse despiciendo pôr de lado essa vertente. Bons tempos.
quinta-feira, 20 de julho de 2023
GAFANHA DA NAZARÉ - Para a história do Mercado
Pela década de 50 do século passado, os nossos pais e avós começaram a vender os seus produtos aos domingos de manhã, na atual Avenida José Estêvão, frente à igreja matriz. De um lado e doutro da rua alinhavam-se os vendedores. 
Depois das missas, os compradores enchiam o espaço. No Verão, sobretudo, tudo se complicava, com a intensificação do trânsito rumo às praias da Barra e da Costa Nova. Havia que deslocar o mercado para outro sítio. O escolhido e mais à mão foi o espaço em frente ao cemitério.
Mais amplo e sem movimento automóvel, os vendedores foram-se multiplicando, vindos da região. E dos géneros oferecidos pela terra, depressa surgiram outras mercadorias, desde roupas, calçado, utensílios domésticos até alfaias agrícolas. Os vendedores da “banha da cobra” e de produtos similares e milagrosos aproveitavam novos mercados. Cedo se reconheceu a necessidade de criar um mercado de raiz, com mais condições para compradores e vendedores, mas ainda com mais higiene.
Fernando Martins
quarta-feira, 19 de julho de 2023
Eça de Queirós na Costa Nova
"Eça de Queirós descreveu a Costa Nova, em 1883, como "um dos mais deliciosos pontos do globo". Nas férias costumava frequentar um "excelente chalé", a casa que ainda hoje existe e é conhecida como o palheiro de José Estêvão. Eça elogiava "a brisa, a vaga, a duna, o infinito e a sardinha" da Costa Nova, mas faltava-lhe uma condição suprema para a inspiração: "um quarto isolado com uma mesa de pinho", como referiu numa carta ao seu amigo Oliveira Martins."
Dia de sorte
Por norma, esta coluna ali permanece  seca e porventura esquecida, mas, para mim, é de bom gosto. Um dia, há anos, estava a cumprir a sua missão. A água caía oferecendo a quem passava uma frescura que temperava o ar quente do Verão.  Foi um dia de sorte.
terça-feira, 18 de julho de 2023
Evocando o Diácono Emanuel Ribau
No dia 18 de julho de 2015,  faleceu o diácono permanente Emanuel Ribau Caçoilo. Natural da Gafanha da Nazaré, onde nasceu em 21 de agosto de 1934, completaria brevemente 82 anos. Foi ordenado diácono permanente em 15 de agosto de 1993 e estava acamado há algum tempo. O Emanuel mostrou, desde muito novo, inclinação para o trabalho eclesial. Frequentou o Seminário de Aveiro, pois sentia-se vocacionado para exercer o sacerdócio. Quis Deus que assim não fosse, vindo a casar com Paulina Conde Sarabando. Foi pai de cinco filhos e avô de dez netos.
Na Eucaristia de sufrágio pela sua alma, o nosso bispo, D. António Moiteiro, realçou o sofrimento humano que sentimos pelo falecimento de algum familiar nosso ou amigo, causado pela dor da ausência, apenas compensada pela certeza, «baseada na fé», de sabermos que aquele que parte vai para junto de Deus. «O sentimento da ausência vai ser preenchido pela certeza da fé e do amor de Deus», disse.
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