Há anos, alguém teve a gentileza de me oferecer esta fotografia, como sendo de uma gafanhoa dos tempos dos nossos avós. Por essa altura, ainda conheci muitas velhinhas que se vestiam assim, sobretudo se eram viúvas. Depois, as mulheres deixaram de usar chapelinho (acho que era assim que se chamava) e o xaile também passou de moda. Esta velhinha, de luto pesado, com chanatos, meias grossas, saia e blusa pretas e avental da mesma cor, com lenço a cobrir todo o cabelo, era, realmente, uma mulher conformada com a  vida. Haja uma, ao menos, que se apresente assim no nosso Etnográfico. Mas que não seja uma moça jovem, que naqueles tempos as raparigas já não se apresentavam desta maneira.
sexta-feira, 25 de janeiro de 2019
A história do Etnográfico tem de ser contada
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| O Grupo Etnográfico nasceu nesta festa da Catequese, em 1980/81 | 
O Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré (GEGN) tem um historial muito rico, que não pode cair no esquecimento. Tanto quanto sei, há muitos membros da associação que sabem bastante da sua história, porque têm vivido desde o início envolvidos em tarefas de recolha, estudo e preservação do valioso espólio que o Etnográfico possui.
Hoje, para acicatar o interesse por esta importante tarefa da elaboração da história do GEGN, aqui ofereço aos meus leitores uma fotografia, onde pontificam alguns pioneiros ainda vivos, graças a Deus, havendo outros já falecidos, como é o caso do Tio Retinto, o qual  ensinou os primeiros passos de dança e as primeiras cantigas, como foi o caso de “A Farrapeira”, que bem me lembro. 
Mãos à obra. 
Fernando Martins 
quarta-feira, 23 de janeiro de 2019
Movimento de Schoenstatt na Diocese de Aveiro
O Movimento Apostólico de Schoenstatt está a entrar num ano jubilar, a que não poderei ficar indiferente. Acompanhei, direta ou indiretamente, os primeiros passos da espiritualidade mariana daquele movimento entre nós, pois foi na Gafanha da Nazaré que o sonho de alguns se tornou realidade, mobilizando famílias e pessoas, jovens e menos jovens, que aderiram à causa, sentindo-se, ainda hoje, tocadas pela Mãe e Rainha, Santuário e Padre Kentenich, os três pilares da espiritualidade schoenstattiana. 
Assim, nestes nove meses que antecedem a celebração dos 40 anos do Santuário de Aveiro, vai realizar-se, todos os dias 21, às 21 horas, uma novena no Santuário, aberta à participação de todos os interessados. 
Por mim, tentarei divulgar, neste meu espaço de memórias, o que vier a propósito sobre o Movimento de Schoenstatt entre nós, até à festa jubilar. 
Fernando Martins
NOTA: Fico à espera do contributo dos meus amigos. Obrigado.
sábado, 19 de janeiro de 2019
A Bruxa para recordar
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| É aqui que se bebe o cervejão | 
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| Uma explicação oportuna | 
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| Costa Nova do outro lado | 
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| A Lita com frio, mas a sorrir | 
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| Aspeto da Marina da ANGE | 
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| Barquinhos na hora do descanso | 
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| Outro aspeto da Marina da ANGE | 
O desafio de passar pela Bruxa veio da Lita, num dia de folga para descontrair. O tempo, frio e chuvoso, não era convidativo, tanto mais que, na nossa idade, um resfriado pode ser muito perigoso. Mas lá fomos, bem agasalhados, ao encontro da célebre Bruxa, com algumas hipóteses para o seu batismo na nossa cabeça. 
Há  tempos (como a vida  passa a correr!), até houve nos meus blogues uma tentativa para descortinar o fenómeno atrativo que aquele recanto da Gafanha da Encarnação suscita, mas, cá para nós, não houve consenso. Eu sei que o nosso  amigo Senos da Fonseca e outros já se debruçaram, com saber e arte,  sobre a Bruxa, mas tenho para mim que, o que  importa, é fazer a experiência do cervejão. De preferência no verão, ou quando o sol nos convidar... 
Fernando Martins
quinta-feira, 17 de janeiro de 2019
Farol e boca da barra à vista
Por estar por aqui  fechado, que o tempo não me liberta, tive hoje vontade de sair para ver o mar e o nosso farol.  Não fui, é certo, mas há sempre formas de contornar as dificuldades. Se Maomé não vai à montanha, vai a   montanha até ele. E assim, recorrendo aos meus  arquivos, que felizmente não faltam, aqui está uma forma de matar saudades. A fotografia não terá nada de especial, mas tem o condão  de me lembrar o que há de bonito nesta terra que me viu nascer há tanto tempo. E a primavera não vem a caminho? 
sábado, 12 de janeiro de 2019
Recordando as tias da Lita
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| Aidinha, Lourdes, Lita e Zulmira, todas bonitas | 
Dizem que com a idade ganhamos a tendência de olhar mais
para o passado.  É o que está a acontecer
comigo e com muita gente que conheço. Vai daí, vou-me dando conta de novos
interesses, como os de vasculhar caixas de fotografias de tempos que não
voltam. Um dia destes descobri, se assim se pode dizer, a foto que encima esta
nota. E com ela surgiram as vivências que a nossa família partilhou com as tias
da Lita, que foram, na prática, as “mães” dela.
O registo foi feito no jardim frente à nossa casa com marcas
 que perduram desde há mais de meio
século. As  tias que envolvem a juventude
da Lita  (Aida, Lourdes e Zulmira)
permanecem em nós pelo amor carregado de ternura que permanentemente nos dispensaram. O sorriso franco foi sempre timbre
delas, cada uma a seu jeito. A tia Aida era toda carinho e  brincalhona, a tia Zulmira era a educadora de
regras por vezes rígidas, mas frontal e lutadora, e a tia  Lourdes era a gestora e a protetora, ao estilo
de mãe de todos.
Os nossos filhos, como já tenho dito, ficavam encantados
quando sonhavam que era dia de seguirmos para Pardilhó, terra das origens delas
e da Lita. E no carro até cantavam com o aproximar da chegada àquela terra onde nos sentíamos como se fora nossa. Era a festa que
os esperava, o calor humano das tias que os animava, a brincadeira que a tia
Aidinha (como a tratávamos) estimulava, as guloseimas que ela sorrateiramente, porque abusava,  partilhava
com eles. Mas cá para nós, eu preferia o “pão do Álvaro” de sabor único.
Hei de voltar ao tema, ao sabor das fotografias achadas. 
Fernando Martins
sexta-feira, 4 de janeiro de 2019
Chaves - Pedra Bolideira
A Pedra Bolideira, que um dia descobrimos durante uma viagem
a caminho de Bragança, com partida de Chaves, também faz parte das minhas
memórias. Tínhamos ouvido falar dela em casa de uma família que nos recebeu, durante as nossas  férias na cidade termal de Chaves, e ficámos com
curiosidade de conhecer o fenómeno de uma pedra enorme que podíamos fazê-la
oscilar, se a pressionássemos no sítio certo. E lá partimos com o objetivo de
fazer a experiência. 
Digo fenómeno pela raridade de existir um
pedregulho em posição de equilíbrio instável, ao alcance de um ser humano poder
fazê-lo baloiçar. Como foi o caso. E lá partimos rumo a Bragança, também com a
ideia de visitar o Museu do Abade Baçal, o tal abade que se dedicou à descoberta e
estudo de antiguidades arqueológicas, tendo escrito muitíssimo sobre o que, com
a sua sensibilidade e intuição, soube trazer até à luz do dia, atraindo outros
especialistas na matéria para a região. O museu, que tivemos o privilégio de
visitar noutras alturas, deixou-me  na memória sinais indeléveis, que ainda
hoje afloram ao meu espírito, quando ouço falar de Trás-os-Montes.
Mas a célebre Pedra Bolideira, em Chaves,  saltou-me um dia destes para o meu consciente,
quando encontrei a fotografia que ilustra este registo. A Lita e a Aidinha,
curiosas, foram as primeiras a tentar mexer o pedregulho. Depois fui eu dar uma
ajuda, mas nada. A célebre pedra não tugiu nem mugiu e ficou impávida e serena a
rir-se de nós. 
Duas mocinhas e depois um homem maduro lá nos indicaram o
sítio certo para sairmos vitoriosos, indicando-nos uma simples verga que se vê,
com alguma dificuldade, junto da Aidinha. Foi o suficiente para ganharmos a
partida. E a Pedra mexeu, sim senhor, tantas vezes quantas quisemos. O retrato
não mente. 
Fernando Martins
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