Aidinha, Lourdes, Lita e Zulmira, todas bonitas |
Dizem que com a idade ganhamos a tendência de olhar mais
para o passado. É o que está a acontecer
comigo e com muita gente que conheço. Vai daí, vou-me dando conta de novos
interesses, como os de vasculhar caixas de fotografias de tempos que não
voltam. Um dia destes descobri, se assim se pode dizer, a foto que encima esta
nota. E com ela surgiram as vivências que a nossa família partilhou com as tias
da Lita, que foram, na prática, as “mães” dela.
O registo foi feito no jardim frente à nossa casa com marcas
que perduram desde há mais de meio
século. As tias que envolvem a juventude
da Lita (Aida, Lourdes e Zulmira)
permanecem em nós pelo amor carregado de ternura que permanentemente nos dispensaram. O sorriso franco foi sempre timbre
delas, cada uma a seu jeito. A tia Aida era toda carinho e brincalhona, a tia Zulmira era a educadora de
regras por vezes rígidas, mas frontal e lutadora, e a tia Lourdes era a gestora e a protetora, ao estilo
de mãe de todos.
Os nossos filhos, como já tenho dito, ficavam encantados
quando sonhavam que era dia de seguirmos para Pardilhó, terra das origens delas
e da Lita. E no carro até cantavam com o aproximar da chegada àquela terra onde nos sentíamos como se fora nossa. Era a festa que
os esperava, o calor humano das tias que os animava, a brincadeira que a tia
Aidinha (como a tratávamos) estimulava, as guloseimas que ela sorrateiramente, porque abusava, partilhava
com eles. Mas cá para nós, eu preferia o “pão do Álvaro” de sabor único.
Hei de voltar ao tema, ao sabor das fotografias achadas.
Fernando Martins
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