Quando vou ao Porto, a capital do Norte, lembro-me com frequência dos painéis que decoram a sala de entrada da Estação Ferroviária. Nunca me cansaram. E a minha preferida é a que representa um gesto de honra de Egas Moniz, perante o Rei de Leão, primo de D. Afonso Henriques. Como D. Afonso Henriques não cumpriu o acordo de obediência, garantido pelo seu aio, Egas Moniz, este foi apresentar-se, com sua família, para resgatar a palavra dada. O Rei de Leão terá ficado furioso, mas acabou por perdoar ao nosso Egas Moniz.
sábado, 21 de outubro de 2023
Férias em Serrazes
Sobre Serrazes, São Pedro do Sul, já escrevi vezes sem conta, mas volto sempre ao tema com medo de tudo o que é bom me escapar da memória. Há fotos que repito, agora com legenda gravada para não haver dúvidas. A razão é essa. Que me perdoem os que não gostem de rever e reler. E lá está a pedra da escrita.
sexta-feira, 20 de outubro de 2023
BUÇACO - Passeio em família
Gosto muito de recordar o que de bom aconteceu na vida. Todos gostamos, aliás. Foi a família toda, se me não falha a memória, e não faltou a merenda preparada ao sabor dos apetites.
terça-feira, 17 de outubro de 2023
Ilha da Madeira - Férias inesquecíveis
Só fomos uma vez à encantadora Ilha da Madeira. Férias tranquilas, apesar de passearmos por todos os recantos. floridos e apaixonantes. O mar estava sempre a um canto dos nossos olhares. E pelos vistos, que as fotografias não mentem, estávamos na plenitude da vida. Vida pujante e apressada para ver tudo o que a Ilha da Madeira tem para oferecer. E muito era.
segunda-feira, 16 de outubro de 2023
A SEGUNDA GRANDE GUERRA
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O velho edifício da Escola da Cambeia, onde eu estudei. Dois terços eram ocupados pelos alunos e um terço pelas alunas. Nem todas frequentaram a 4.ª classe, por não ser obrigatório. |
Desde que nasci, em 1938, cedo comecei a ouvir falar da guerra e a sofrer as consequências dos conflitos. Só tenho memórias a partir dos meus 5 anos, como é normal entre as pessoas e em 1943/4 recordo um facto relacionado com o padeiro que nos vendia o pão fresco para o pequeno-almoço e para a merenda. O padeiro perguntou-me se a minha mãe tenha milho em alguma caixa e eu, ingenuamente, disse-lhe que tinha duas caixas cheias. Ele pegou-me na saca do pão e devolveu-ma vazia. De nada valeram os protestos da minha mãe e foram duas tias que passaram a ceder-nos os pães de trigo.
Anos depois, soube que Portugal não entrou na guerra em troca do fornecimento de alimentos. E os agricultores tinham de manifestar junto do Regedor a produção das suas culturas, sobe pena de castigos.
Compreender-se-á, facilmente, que a fome grassava em Portugal, ou não a tivesse visto entre trabalhadores humildes de pé descalço, de mulheres que trabalhavam na agricultura de pequenos e grandes lavradores, de sol a sol, quer chovesse ou debaixo de sol escaldante.
Estas trabalhadoras agrícolas da nossa Gafanha eram, realmente, umas sacrificadas: Eram normalmente casadas, tinham vários filhos e os maridos trabalhavam no mar, na ria e em algumas empresas da nossa terra. As suas habitações eram modestas e os que ficavam com a quarta classe eram os melhores As meninas estudavam até a terceira classe. Eram raras as que prosseguiam estudos depois do exame da quarta classe, que tinham de o fazer.
Da minha quarta classe, dois colegas foram para o seminário, como internos, deslocados das famílias e do mundo real. Eu segui para a Escola Comercial.
F. M.
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