Recordações da Madeira


Se há passeios que nos marcam, pela positiva, a visita que fiz há muitos anos à Ilha da Madeira, a pérola do oceano para muitos, ficou-me na memória. E o sonho de voltar esvaiu-se como o fumo. Mas se não pude voltar, tenho o privilégio de reter na minha alma o prazer que me deu a primeira e última viagem que pude realizar à nossa ilha encantada. Projetos não faltaram, mas a concretização dos mesmos nunca mais foi possível.
Recordo hoje a ilha que vi como um jardim florido e viçoso, com um  povo acolhedor. Tudo era belo para quem chegava.
Em carro alugado andámos por todo o lado com a Lita ao volante, subimos e descemos até recantos de meter medo, vimos paisagens nunca imaginadas e cruzámo-nos com turistas em cada esquina
De lá trouxemos a lhaneza dos madeirenses, os serviços turísticos perfeitos, o sabor inigualável do peixe fresco e a cultura de tradições centenárias.
Na altura havia a azáfama das autoestradas e túneis que aproximavam terras e pessoas. Estivemos no Curral das Freiras, depois de descer, para depois subir, por estrada estreita cheia de curvas e com desfiladeiros assustadores.
De tal modo gostei da Madeira que prometi a mim mesmo que voltaria. Mas afinal não voltei e o tempo, inexorável, não perdoa.

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