Eu assisti
O mastro quase a prumo |
Eu assisti aos trabalhos de erguer o mastro do Milénio da
povoação de Aveiro e Bicentenário da
cidade, datas que se celebraram em 1959. Comandou as operações delicadas o Mestre
Manuel Maria Bolais Mónica, com muita gente a assistir, porventura receosa,
alguma, de o mastro não entrar no buraco para ficar com as bandeiras a
assinalar as efemérides, que se esperavam festivas.
Como manobrador do camião do estaleiro do Mestre Mónica, estava o então meu amigo Henrique Correia, que veio a ser o primeiro presidente
do Grupo Desportivo da Gafanha, sendo eu o secretário.
O camião estava carregado, julgo que com toros, para garantir
a estabilidade do veículo quando aplicava a máxima força para erguer o mastro.
Cordas grossas postas em lugar estratégico, naturalmente, garantiam a resistência
suficiente para o êxito esperado. O Mestre falava alta, gritava mesmo, para que
todos ouvissem as suas ordens. E quando veio a ordem para o Henrique Correia
acelerar o camião, paulatinamente, o mastro começou a levantar-se e no sítio
certo, bem aprumado, lá ficou a lembrar a todo o nosso mundo que Aveiro existia
desde 959, como povoação ligada a Mumadona Dias, e como cidade a partir de
1759.
F.M.
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