A Gafanha da Nazaré foi surpreendida, no dia 4 de outubro, pela triste notícia do falecimento de Dona Maria da Luz Rocha, uma mulher que passou por este mundo fazendo o bem sem olhar a quem. Digo Gafanha da Nazaré, por ser sua terra natal, onde sempre viveu, marcando inúmeras pessoas e famílias pela sua bondade, sentido de responsabilidade, coerência cristã, espírito pedagógico das suas intervenções e amor aos feridos da vida, mas sei que a dor da sua partida para o Pai ultrapassou as fronteiras da nossa região.
Dona Luz Facica, como era conhecida entre nós e muito para além da Gafanha da Nazaré, foi uma cristã de corpo e alma inteiros porque, desde sempre, moldou a sua existência para estar, animar, ajudar, aconselhar e indicar caminhos de bem, de verdade e de vida digna aos que com ela conviviam ou dela se aproximassem em momentos de fragilidades humanas ou de pobreza extrema.
A Dona Luz, que tivemos a felicidade de acompanhar em muitas ações, dando-lhe o apoio incondicional quando alguns lho recusavam, foi, para imensa gente, um pouco de todo o país, uma mãe solícita, uma crente fervorosa, uma católica empenhada na comunidade e, sobretudo, um testemunho, no meio da sociedade e em todas as circunstâncias, como seguidora incondicional de Jesus Cristo e da Sua Boa Nova que haveria de revolucionar a nossa era, a era cristã, tão simplesmente pelo mandamento novo que nos deixou: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei.”