sexta-feira, 26 de julho de 2019

As minhas praias... Sem ciúmes

Eu identifico-me, presentemente, com três praias: Barra, Costa Nova e Figueira da Foz. Gosto de outras, mas estas enchem-me as medidas por razões pessoais. Aqui ficam três fotos, com as legendas que justificam as minhas opções. Mas que fique claro: não quero que haja ciúmes entre as minhas três praias. 

BARRA 


Gosto da praia da Barra porque nasci a dois passos do seu mar e do seu areal. Desde tenra idade, identificava, na noite silenciosa, o som cadenciado das ondas a estenderem-se na praia, o trabalhar dos motores das traineiras a saírem para o mar, o rugido da ronca a anunciar nevoeiro na costa, a luz do farol com avisos à navegação. Agora, que preciso de caminhar, a praia da Barra dá-me a possibilidade de entrar no mar, um bom quilómetro, pelo molhe sul, para sentir distintamente a maresia, o palpitar do mar, ora sereno ora bravio. Mas ainda para me deliciar com horizontes largos, aqui e ali assinalados por navios que passam ao largo ou entram na barra. 

COSTA NOVA 


A Costa Nova também me está no sangue e na alma. Os sons confundem-se ou misturam-se, irmãmente, com os da Barra. E se o mar é o mesmo, a laguna que bordeja a povoação, com mais de 200 anos de vida, enche-me a alma de paz. Olhando-a, de pertinho, ali estão a beijar-nos os pés a sua água transparente, os seus barquinhos à vela que nos convidam para viagens de tranquilidade, os pescadores na safra que os alimenta, a vontade de dar um saltinho até às Gafanhas, com ponte à vista. Ao longo da ria, na Costa Nova, há sempre a possibilidade do encontro com outras gentes que procuram um ar cada dia diferente. 


FIGUEIRA DA FOZ 



A praia da Figueira da Foz (Buarcos na imagem) foi, para mim, uma conquista tardia. Nem por isso deixo de a admirar, como se pode e deve admirar uma terra com tradições antigas na arte de aproveitar o sol à beira-mar, sobretudo para a burguesia. Depois, e bem, democratizou-se, e hoje a praia da Figueira é de toda a gente. Aquela marginal a perder de vista, com areal de um lado e vida urbana do outro, com o oceano, ao longe, a desafiar-nos, tudo isto me encanta em dias de menos vento e de mais sol. Gosto de por ali caminhar, cruzando-me com quem passeia tranquilamente ou insiste em perder peso, com gente jovem e menos jovem, a pé ou de bicicleta e sempre com a serra da Boa Viagem à vista. 

Fernando Martins 


NOTA: Texto escrito em 2008

quarta-feira, 3 de julho de 2019

As Sete Vidas de Conímbriga



(Fotos dos meus arquivos)
A revista National Geographic deste mês oferece-nos uma bela reportagem sobre Conímbriga, com o título em epígrafe, comemorativa dos 120 anos depois da primeira escavação metódica daquelas ruínas que “desvendam segredos e desfazem mitos”. Tanto bastou para me lembrar de diversas visitas que fiz aquele espaço arqueológico com marcas indeléveis dos romanos. A reportagem é, para mim, muito importante porque, num grafismo bastante pedagógico, nos transporta ao tempo da ocupação romana, exibindo casario, ruas e gentes vestidas à moda daqueles tempos. Vê-se uma rua com os seus espaços comerciais, o povo que compra e vende, trajes garridos e na legenda sublinha-se que, “em 2018, foi inaugurado em Condeixa-a-Nova o Museu Portugal Romano em Sicó, que complementa a visita das ruínas com uma interpretação do mundo romano na fase do apogeu de Conímbriga”. 
Para além dos achados que entretanto foram catalogados e postos à disposição dos apaixonados por estes temas do nosso antepassado remoto, pretendo apenas evocar uma visita que fiz a Conímbriga, com a garantia de que, numa próxima oportunidade, lá voltarei. Quem corre por gosto não cansa. 

F.M.

Sobre a minha visita, pode ler aqui 

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