Memórias Soltas
Este meu blogue ficará disponível apenas para consulta
Por razões compreensíveis e próprias da minha idade, este meu blogue vai continuar disponível para consulta, mas não será atualizado. Continuarei no Pela Positiva.
FIGUEIRA DA FOZ — Forte de São Julião
A Figueira da Foz mora no rol das minhas melhores recordação. O mar é sempre motivo de atração e o Forte de São Julião, símbolo de defesas estoicas, resiste ao tempo em marés de paz.
Passagem por Couto Esteves
RIA - Arquitetura popular
Os pescadores da nossa Ria são, realmente, pessoas criativas. Talvez cansados de suplicar um espaço para atracação dos suas botes e bateiras, segundo as suas necessidades, avançaram para a resolução do problema, há anos.
NOTA: Solução segundo as suas necessidades, há anos.
Apelidos e alcunhas da Gafanha
Ó gafanhões da minha terra
De cá de longe, eu vos saúdo!...
Ó terra que eu amo, eu te saúdo.
Ó terra da boa gente!...
É o que diz quem o sabe,
E muito mais quem o sente.
Ó gafanhões da minha terra
De longe, vos venho saudar.
Com vossos apelidos e alcunhas
Mas a todos respeitar.
Com seus apelidos e alcunhas
Que já lhes vêm de seus avós,
Ninguém sabe donde lhes vieram,
E muito menos quem lhos pôs.
Alguns bastante engraçados
E até originais e bizarros
Tais como Cigarras ou Grilos
Salsas, Vinagres ou Cigarros
Bolas que não rolam nas Relvas,
Fidalgos sem fidalguias nem brasão
Reis, Condes e Marqueses
E até Frades sem gabão.
E que siga a Rusga e viva a Alegria
Com Guitarras e Violas, Fadistas e Cantadores
E Estanqueiros, Cordeiros e Parceiros,
E Carapelhos, Coelhos e… Caçadores.
Teixeiras, Casqueiras e Ferreiras
Camões, Camarões e Calções
Os Ribeiros, os Ribaus e os Maus
Esgueirões, Carranjões e Gafanhões.
Vergas, Peixotos e Calhotos
Caçoilos, Palhaços e Palhaças
Tavares, Tarrincas e Petingas
Mateiros, Mónicas e Margaças.
Páscoas, Dias e Santos
Rochas, Facicas e Barricas
Marques, Varetas e Maguetas
Piorros, Pônas, Laricas e Janicas.
Brancos, Louros e Russos,
Vechinas, Bichos e Bichões
Alhos, Labregos e Cagarutos
Pintos, Retintos e Cagões.
Patas, Penitates e Lourenços
Valentes, Vicentes e Ritos
Torres, Píncaros e Ramos
Cravos, Flores e Bonitos.
Alcatrazes, Maçaricos e Gaivotas
Melros, Piscos e Cucos
Roques, Rolas e Rolos
Raposas, Zanagos e Zucos.
Albuquerques, Alves e Almeidas
Catraios, Catarréus e Catarinos
Serrões, Guerras e Serras
Tomazes e Ferrazes, Cirinos e Marcelinos.
Sousas, Soares e Sardos
Guinchos, Gulaimos e Perselhas
Sarabandos, Estudantes e Galantes
Anastácios, Garcês e Garrelhas.
Carecas, Caleiros e Calistos
Barba Azul, Pinhos e Gandarinhos
Mateus, Matias, Matos e Ratos
Vidreiros, Vieiras e Vilarinhos.
Calores, Neves e Geadas
Covas, Calatrós e Serafins
Bisas, Brióis e Serapões
Martinhos, Martelos e Martins.
Caixotes, Loureiros e Monteiros
Marçalos, Arrais e Morais
E com Lopes, Lés e Cafés,
Serão ainda muitos mais.
E ainda Silvas e mais Silvas
Com Carvalhos, Nogueiras e Pereiras
Figueiras, Macieiras e Salgueiros,
E a grande floresta de Oliveiras.
Não é possível contar-vos a todos
Por ser elevado o número. Contudo…
Ó gafanhões da minha terra,
Com todo o respeito, daqui de longe, vos saúdo.
António Augusto Afonso
NOTA: Recordando um amigo já no seio de Deus
Emanuel na festa em honra da nossa Padroeira
Terminam hoje, com um concerto de música popular do conceituado artista Emanuel, anunciado pela comissão de festas em honra da nossa padroeira, há bastante tempo.
Independentemente dos gostos musicais do nosso povo, tenho um palpite que não faltará quem salte e dance, ao jeito de quem quer perder uns quilos e aliviar a cabeça de trabalhos e caseiras.
Estes consertos populares não são para nos refastelarmos numa poltrona, passando pelas brasas, como acontece muitas vezes com alguns melómanos, mas são um desafio à descontração física e mental, ajudada pela multidão, onde é mais fácil e o anonimato ajuda.
Eu não sei se o nosso povo sabe que as festas populares foram adaptadas de festas pagãs para o povo esquecer as canseiras agrícolas das colheitas. E por aqui me fico com votos de que o Emanuel consiga deixar os gafanhões, mas não só, mais aliviados para as labutas do dia a dia, mas de agricultura já temos pouca.
Ponta de Sagres
Nas nossas andanças pelo Algarve, há anos, fizemos questão de passar pela Ponta de Sagres. Dali partiram, rumo a novos horizontes, navegadores portugueses. Ou, talvez, terão alimentado sonhos de terras por descobrir.
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