Uma estória de amor

Há sempre tempo para tudo 

Foto da rede global

Acompanhei, há dias, uma jovem que foi tratar de um idoso meio abandonado e esquecido pela família e pela comunidade que durante décadas o reconheceu como um dos seus membros. 
Prostrado no leito, semiparalítico, mas lúcido, falava com desenvoltura sem lamentar a triste situação. Porém, desde a nossa chegada lhe notei uma vontade férrea de viver e uma ânsia incontida de falar, de trocar impressões. 
Enquanto lhe preparavam o lanche e cuidavam da higiene pessoal, a sua boca não se calava, ora recordando acontecimentos passados há muito, ora dando explicações nem sempre pedidas. 
Depois, sem pressas, lá ia engolindo as sopas que a jovem, carinhosamente, e sem forçar, lhe ia metendo na boca enquanto entre palavras e sorrisos lhe mostrava um pouco de amor. E chegou a hora da despedida até ao dia seguinte para a repetição nada monótona, afinal, do mesmo ritual. E se nesse dia da Festa de Nossa Senhora da Nazaré era preciso fazer o trabalho um pouco mais depressa porque as colegas estavam à espera, a verdade é que, perante o idoso, tudo foi esquecido e dali saiu mais tarde do que nunca. 
— Afinal esqueceste-te da festa, ó Isabel — adiantei. 
— Deixe lá, senhor professor, ainda vou a tempo! Pois é, Isabéis. Há sempre tempo para tudo. Até para amar, se quisermos! 

Fernando Martins 

“Timoneiro”, setembro de 1988

Recordando Ascêncio de Freitas

Um escritor gafanhão 
Ascêncio de Freitas


«O capitão Armando Vieira, do mesmo modo familiar com que o tinha recebido pela primeira vez logo após a chegada, fez entrar o amigo da juventude pela porta da cozinha, com as manifestações de alegria de quem acolhia em sua casa alguém que tivesse acabado de regressar, ileso, de uma batalha perdida 
e a cozinha estava inundada de um odor forte, saído de algo que estava a cozinhar, que fez recordar ao tio Florêncio a caldeirada de bacalhau 
não obstante ele pensou que não poderia adivinhar de forma tão simples e imediata que seria esse “o jantar gafanhão” que lhe tinha sido prometido, pois a caldeirada não poderia nunca ser considerada um prato gafanhão, nem tão-pouco apenas português
— Estás a lembrar-te de alguma coisa conhecida neste cheirinho que está aqui na cozinha, não estás, sócio? 
mas eu aposto singelo contra dobrado em como não adivinhas o que a Adélia tem ali a cozinhar
— Guiado pelo cheiro, eu apostaria que se trata de caldeirada de bacalhau 
mas ao mesmo tempo qualquer coisa me diz que perderia a aposta, porque este aroma que anda no ar não é exactamente igual ao da caldeirada
perderia… seguramente
porque depois de teres prometido um jantar gafanhão, seria falta de imaginação apresentares-me para comer uma banal caldeirada de bacalhau 
embora seja coisa que não como há muitíssimo tempo
só que ninguém poderá dizer que se trata de um prato gafanhão 
os bascos e os galegos também a fazem
— Deixa-te de divagações e vem dar uma espreitadela
disse o capitão Armando Vieira
aproximou-se do fogão, retirou a tampa do tacho e uma intensa nuvem de vapor subiu no ar
depois de a deixar dissipar, o capitão Vieira fechou os olhos e aproximou o rosto do recipiente, de onde saía, junto com a branda fumarada, o som de um suave borbulhar
— Oh, assim estragas a surpresa, Armando
protestou Adélia
mas ele aspirava o vapor que saía do tacho e comentava:
— Hum, este cheiro a salgado entra-me no nariz e trepa-me até à alma
vem cheirar, vem cheirar este perfume que nos lembra o mar e é como se fossem as mãos dos anjos a acariciar o que há de melhor dentro de nós
ah, e como formosa nos parece a vida saboreando estes petiscos
melhor do que isto só lagosta suada ou bacalhau á Freitas
o tio Florêncio aproximou-se dele e espreitou para dentro do tacho
aspirou também o cheiro da comida
— Então que tal?
— Não estou a ver o que possa ser
cheira a bacalhau… mas ao mesmo tempo há qualquer coisa de diferente neste cheiro
— São sames, sócio, são sames, que já não deves comer há muito tempo
— Sames?
caramba, há mais de trinta anos que não me lembrava sequer dessa estranha palavra, quanto mais comê-los 
— Sim senhor, um guisadinho de sames de bacalhau, bem à gafanhoa é ou não é?»

Excerto do capítulo oitavo
do romance “Ai, Amor!”

NOTA: Faleceu no dia 23 de agosto de 2015, na Amadora, onde residia, o escritor gafanhão Ascêncio de Freitas. Natural da Gafanha da Nazaré, viu a luz do dia no Forte da Barra em 3 de agosto de 1926.
Em 1949, fixou-se em Moçambique, onde viveu três décadas, sem nunca esquecer as suas raízes. Nos seus livros, de vez em quando, deixava transparecer ou evocava com nitidez marcas indeléveis das suas origens. Na sua obra, sobretudo contos e romances, Ascêncio de Freitas apoia-se, com riqueza de pormenores, fundamentalmente, em vivências moçambicanas, o que lhe deu legítimo direito a integrar antologias daquele país irmão.

Coisas de antigamente (1)

Propriedade agrícola 



Sobre a propriedade agrícola, diga-se que nos primeiros tempos do povoamento desta região ela era razoavelmente extensa. Porém, à medida que o número de famílias foi aumentando, por força de novos povoadores e seus descendentes, em grande número, logo a terra começou a ser retalhada. E nunca mais deixou de o ser.
Também a venda de propriedades se fazia com muita facilidade, numa prova evidente de pouco apego à terra. Daí dizer-se, por exemplo, que se trocava um terreno por uma fornada de boroa ou por uma caldeira de papas. Sublinha o Padre Rezende, a propósito disto, que “ainda hoje se diz que um tal José Gafanha vendeu uma grande propriedade por... um GABÃO!” E continua: “Manuel Petinga, da Nazaré, possui uma escritura de 1807, pela qual Jacinto Francisco Sarabando tinha comprado a Luísa Maria, viúva de António Ferreira, uma terra no sítio da Chave por vinte e quatro mil réis. Apesar daquele local ser o terreno das primeiras culturas, e portanto o mais valorizado, foi vendido por este preço insignificante. Hoje [1944] ‑ continua o Padre Rezende – vende-se o metro quadrado a 17$00 ao norte, a 5$00 ao centro e a 2$00 ao sul da Gafanha”. Bons tempos, dizemos nós! 

Fernando Martins

Memórias da "Praia do Farol"(2)

Vi muita gente feliz com lágrimas 

A tantas entradas deste navio assisti...
Na hora de esperar (foto recente do meu arquivo)
Das memórias que retenho da Praia do Farol, as mais emotivas estão ligadas à entrada dos navios de regresso dos bancos da Terra Nova e da Gronelândia, carregados de bacalhau salgado e acamado no porão. Dizia-se que a salga, com o balançar do barco por força das ondas alterosas, estava na base de um fiel amigo mais saboroso. Mas disso pouco sei.
O meu pai foi bacalhoeiro desde que tomei conhecimento do mundo que me cerca, mais concretamente a partir dos meus cinco anos. Evoco a sua partida  para a viagem, com a minha mãe lacrimosa, e nós, eu e o meu saudoso irmão, calados, a olhar para o pai e para a mãe, sem termos palavras para dizer, mas com a tristeza contagiosa deles. O meu pai abraçava-nos e beijava-nos, calado, com lágrimas furtivas, e lá ia. Depois, ficávamos com a alegria da esperança de que num dia qualquer haveria de voltar para junto de nós.
Quando, pelas notícias, se sentia ou percebia que o regresso da faina estava próximo, não disfarçávamos a alegria. E na hora própria, corríamos para a boca da barra com a mãe e tantos outros familiares, olhando sempre o navio que esperava a maré. E nunca mais apontava a proa para o farol… A seguir, vagarosa mas firmemente, aproxima-se da meia-laranja com os pilotos da barra a indicar, ao que julgo, o trajeto mais seguro, que o canal era traiçoeiro com os assoreamentos frequentes. E com a aproximação do navio, tudo se agitava, todos acenavam com lenços ou bonés, alguns até queriam fazer-se ouvir pelos pescadores e demais tripulantes, gritando os seus nomes.
Seguia-se a correria, a pé, de bicicleta ou de carro, quando tal era possível, para o cais de desembarque, na Cale da Vila ou Chave, Gafanha da Nazaré. Os familiares de longe vinham de táxi. Vi muita gente feliz com lágrimas, no dizer do escritor João de Melo.

Flores e saudades pelos nossos fiéis defuntos


Na quarta-feira, a Lita foi a Pardilhó, sua terra natal, para cumprir a devoção de celebrar os seus familiares que ali dormem o sono sem fim. Crente que é, não podia deixar de rezar por eles e de com eles conversar sobre tantas vivências em comum. Ainda hoje, quando evocamos recordações que jamais nos abandonam, toda a família sabe imitar e repetir palavras e atitudes de bem que nos perpetuam no tempo presente e para além dele, como  o amor das tias que educaram a Lita. 
O Dia de Todos os Santos, que se liga indelevelmente ao Dia dos Fiéis Defuntos, está gravado nos nossos corações desde crianças. Pessoalmente, fui interiorizando o culto dos nossos familiares e amigos que já adormeceram no regaço de Deus, desde a infância, levado pela mão por  minha saudosa e querida mãe. 

Há anos, em Pardilhó, com naturais e descendentes residentes em muitos lados, sobretudo em Lisboa e à sua volta, chegou a celebrar-se o Dia dos Fiéis Defuntos, 2 de novembro, no domingo seguinte, para que os migrantes pudessem deslocar-se à sua terra de origem, atraídos pelas memórias de quantos repousam no cemitério pardilhoense. 
O culto católico, com flores e velas a traduzirem amor e saudade, aconchegava toda a gente. Mas sinto que os tempos são outros e que as novas gerações já não conseguem seguir esta tradição carregada de fé e simbolismo. 

Hoje, por razões de saúde, não pude ir ao cemitério da Gafanha da Nazaré, mas vivi em espírito os mesmos sentimentos e os mesmos rituais dos que lá se concentraram em oração. As  flores, levadas pela Lita, traduziram a nossa saudade pelos que já fisicamente nos deixaram. Com elas, lá ficaram as nossas orações pelas almas de tantos que amámos e continuaremos a amar até ao fim dos nossos dias terrenos. 

Fernando Martins

Memórias da “Praia do Farol” (1)



Recordo com a nitidez possível e a verdade da minha memória a primeira vez que vi o Farol e o então Lugar do Farol, antes de me habituar ao topónimo atual de Praia da Barra. Foi antes do final da II Guerra Mundial (1939-1945). Teria eu, que nasci em 1938, uns seis anitos ou pouco mais. 
Com a minha mãe lá fomos a pé encomendar pão a uma padaria que existia ao lado do Farol e à mercearia e pensão do Senhor Mourinho. O racionamento imposto por Salazar, em consequência da neutralidade estabelecida pelo governo, levava a que as famílias procurassem abastecer-se de alguns bens onde fosse possível. Recordo a escassez de açúcar, azeite e outros produtos alimentares. 
Fiquei extasiado quando olhei para o Farol, tão alto era ele, coisa nunca vista por mim, pouco viajado, cujos horizontes me limitavam ao adro da igreja e à mata da Gafanha, onde minha mãe ia lavar a roupa, por tão límpida ser a água de um poço aberto em qualquer altura, nos areais, junto aos pinheiros. Eram zonas dunares, iguais às que ficavam perto do mar. 
E se o Farol me deixou extasiado, imagine-se como terei ficado ao olhar para a imensidão do mar. Olhava… olhava nem sei à procura de quê, e só via água, espumas e ondas que amansavam quando se estendiam no areal, como que a descansar depois de longa viagem. E regressei a casa com desejos de voltar. 
Penso que foi a partir dessa visita que me habituei a ver a luz que segundos a segundos nos alertava para a existência do Farol. Terei ficado a saber que a luz servia para avisar os navegadores de que ali havia terra e barra de entrada de navios. E a ronca que me acompanhou em tantas noites sem sono e em madrugadas brumosas.

Fernando Martins

Penacova e as suas paisagens

Penacova - paisagem do cimo da serra 
Penacova, rio e paisagem


Em Penacova acampámos umas férias de verão. Já lá vão muitos anos. Tempos que deixaram marcas indeléveis, com os quatro filhos a chapinhar na água do rio tépida, límpida e desafiante, como sempre gostei. Era fácil viajar assim, sem grandes despesas e com liberdade à solta, sem temores nem perigos. Depois, a descoberta da região com as suas paisagens deslumbrantes e convidativas. Lá do alto, no fim de uma subida íngreme, saboreámos o que as palavras não conseguem dizer. E em 23 de fevereiro de 2005 fizemos questão de voltar para recordar, eu e a Lita, apenas, Os filhos já tinham, como têm, as suas opções, os seus programas e os seus gostos.

Recordações: Bento XVI em Lisboa

Bento XVI com gente da cultura:
É preciso manter desperta a busca da verdade


Foi com grande emoção, contida com esforço, que ouvi hoje (12 de maio de 2010), ao vivo, o Santo Padre Bento XVI, no principal auditório do Centro Cultural de Belém (CCB).
Um silêncio profundo encheu a sala antes da entrada do Papa, e quando «o homem vestido de branco» assomou ao pano de fundo do palco, os aplausos explodiram de alegria.
Não era o filósofo apresentado nos mais recentes debates e escritos nem o teólogo proclamado ainda antes de se sentar na cadeira de Pedro. Não era o alemão frio e tímido que toca piano e se debruça sobre os clássicos. Não era o Papa fechado sobre si mesmo e que come à mesa sozinho. Não era o homem carismático continuamente comparado com o seu predecessor João Paulo II. Quem chegou afinal?
Chegou ao CCB o sucessor de Pedro, o que traiu o Mestre, mas a quem Jesus recomendou que nos confirmasse na fé; chegou o continuador da cadeia apostólica, que carrega aos ombros as certezas e dúvidas das comunidades católicas em caminhada de busca e de aprendizagem da vivência da compaixão e do perdão; chegou o pastor universal com a missão de guiar todos os homens e mulheres de boa vontade rumo a uma sociedade mais fraterna.

Sobre o Amor

 Fábrica das Ideias, antigo Centro Cultural da Gafanha da Nazaré

Eu gosto do amor e gosto de amar. E também gosto de ser amado. O amor é uma expressão do sublime. Não o canto porque estou longe de ser poeta. Há muito que amar e muitas formas de amar. Há imensa gente a amar e outra tanta à espera de ser amada. Há amor para todos os gostos e a falta dele causa desgostos. Há amor conjugal, filial, fraternal, paternal, maternal, e por aí fora, até ao fim do mundo. Há amor entre jovens e entre velhos. Entre homens e mulheres e até pelos animais. Pelos pobres e pelos infelizes, pelos felizes e pelos que procuram a felicidade. Há o amor a Deus e o amor de Deus. Mas este é do tamanho do Universo. 
Há muito tempo passei pelo Centro Cultural da Gafanha da Nazaré, hoje Fábrica das Ideias, e trouxe comigo esta marca indelével de quem ama. Se calhar, está a sofrer por amor. Não sei quem escreveu “Amo-te”. Será rapaz ou rapariga, homem ou mulher? Será correspondido ou não? Talvez este gesto corresponda a um desabafo. Pode ser uma atitude de esperança. Ou um grito de mágoa?

Fernando Martins

Férias em Pardilhó

Monumento ao emigrante
Largo Central
A Lita na sua terra, em visita com data imprecisa 

Em férias, onde quer que estejamos, lembramos sempre outras férias onde fomos felizes. Ainda bem, porque recordar é viver. Em Pardilhó, fomos felizes todas as férias de verão. Lá viviam as tias Zulmira e Aida, ambas solteiras e "mães" da Lita, que nutria por elas um amor carregado de ternura. Até devoção. Outra tia, a Lurdes, também "mãe", vivia em Aveiro e a Pardilhó voltava com frequência. Num ambiente de dedicação plena, partilhávamos fraternidade em tudo o que fazíamos e planeávamos. Saídas à praia da Torreira, em cuja mata passávamos horas em piqueniques previamente organizados com todo o rigor, onde nada faltava para miúdos e crescidos. 
A visita à praia, para molhar os pés, não podia fugir ao esquema. Mais para andar pelo areal e arredores do que para mergulhar nas águas normalmente frias. Não havia muito o gosto pelo mergulho nem sequer apetência pelo bronzeado. Acho que nos bastava o moreno natural da nossa pele. Havia na praia a merenda também preparada antecipadamente. Os nossos filhos, naturalmente pequenos, deliravam com o carinho dispensado pelas tias. O amor que lhes tinham era notório. 

Quando da Gafanha da Nazaré nos deslocávamos a Pardilhó, em qualquer altura do ano, a alegria deles expressava-se em crescendo evidente. Cantavam, exteriorizando o prazer que adivinhavam na hora do encontro. Certo e sabido. Nas férias de Pardilhó a saúde de todos era normal. Comia- se de tudo e nada fazia mal. Era uma alegria. Depois não faltava o encontro com outros familiares e amigos e os bancos do largo central, junto à igreja de S. Pedro, eram cúmplices de conversas infindas. Como sala de visitas da freguesia, o largo, constituído por dois espaços distintos, proporcionava o reencontro com pessoas que não se viam há muito. Nessas férias, anos e anos repetidas, havia passeios obrigatórios à Ribeira da Aldeia, com canal da ria cheio de moliceiros, bateiras e mercantéis, estaleiros à vista com carpinteiros e decoradores em ação, moliço que salta dos barcos para os carros de vacas, garotos que nadam na laguna, emigrantes que chegam e olham nostálgicos tempos que não voltam. Um ou outro pescador regressa da faina, enquanto alguns partem indagando dos melhores pesqueiros. Um serralheiro com graça e sentido comercial afixou, numa janela de sua casa, uma publicidade curiosa: "Fisgas que ensinam a pescar." Destinavam-se elas à pesca clandestina de solhas e linguados. 
Recordo ainda o pão fresco da padaria do Álvaro, de sabor único. Pão de forma normal e de coroa, este o mais apetecido. Nunca lhe conheci o segredo, mas que era excelente, lá isso era. Pardilhó era uma terra de muita migração. A falta de trabalho obrigou bastantes pardilhoenses a fixarem-se em Lisboa. A Lita, por exemplo, tinha na capital seis tios com suas famílias. Porém, nas férias, muitos vinham à terra natal para matar saudades, resolver problemas familiares e conviver com os amigos. Agosto era, sem dúvida, um mês de festa, com movimento desusado. E toda a minha família gostava das férias nesta altura do ano. 

Fernando Martins

Postais Ilustrados - Aveiro - 85

 Aveiro nos princípios do Sec. XVIII - Painel de azulejos existente na Estação dos Caminhos de Ferro - Fábrica da Fonte Nova - 1916 (Licíni...